quinta-feira, 24 de maio de 2007

they let Lisa go blind.

Quem me dera saber explicar, quem me dera saber usar as palavras. Eu fecho os olhos, eu ouço batidas preto e branco, eu ouço melodias escuras, coisas são calmas, agora rápidas, barulhentas, agora paradas vermelhas e nojentas e elas explodiram e elas simplesmente não existem mas existem tanto e tanto e tanto. Estou me martelando por dentro, venha retirar meus parafusos, venha retirar meus malditos pregos, chupe todo o meu sangue, retire isso de uma vez só, venha engolir minha dor e digeri-la para sempre, guarde-a dentro de você, mas não a sinta. Quem me dera saber que tudo é tão fácil e dois mais dois é igual a quatro e tudo isso aí vai passar e não vai passar e eu não sou eu mesmo. Por que as coisas vem e vão? Queria que você me explicasse. Por favor. Venha. Está frio, meu cérebro está congelando e ainda que estivesse em 50 ºC o frio seria exatamente o mesmo. Não quero ser estático. Não me deixe ser estático. Não deixe. Por favor.

3 comentários:

bruna disse...

essa é de que série? ficou ótimo, haha, e me lembrou uma conversa nossa sobre bandas, músicas e cores. bem velha, por sinal.

e me lembrou letra de música do tristania. heuheaue :P

Anônimo disse...

Sammye!
AmO ler seus tópicos!
=]

Anônimo disse...

sabe aquele gosto de massa suja na boca, daquele gosto amargo de um dia que não houve praticamente nenhum benefício.

tomo parte para dizer que este sim é o momento em que eu peço para fechar os olhos e não ver o filme mais uma vez. aprendi que estes momentos devem ser vividos para fortalecer na queda, para ser mais cruel e insensível quando alguém resolve estrapolar. mas não deixarei que estes momentos sejam constantes, porque não é só dor e merecemos um momento para conversar e rir de toda desgraça que nos acontece.

beijos.