Em cima da sua cama, nem totalmente deitado nem propriamente sentado; lá se encontra você. Ao olhar para frente, suas noções geométricas fazem-lhe enxergar um quadrado cujos lados são as arestas iluminadas formadas entre o teto e as paredes, envoltos em constante penumbra.
Engraçado você sentir a dor da dúvida e da solidão, sentir o frio e a tristeza acomodando-se dentro de você - haveria lugar mais confortável? -, e curioso você saber que percorrendo as arestas de seu quadrado-teto sempre no mesmo sentido, você chegará sempre ao mesmo lugar. O ciclo tem significativos desvios, mas essas quebras de noventa graus são sempre iguais, de qualquer maneira.
Há mais cinco quadrados, e você está deliciosamente comprimido em um cubo, agora. Arremesse suas lágrimas, cuspa sua risada. A dimensão de seus burros pensamentos humanos é grande demais, perto dessa prisão que é nada mais que o seu mundo.
[Chaparam o planeta igualmente, em seis lugares proporcionais, eqüidistantes do centro, de forma que as arestas que se encontram nos mesmos planos sejam sempre perpendiculares. Depois comprimiram a matéria toda ao máximo que puderam, e quando não havia lugares para onde fugir, jogaram você lá dentro e te avisaram que este agora é o seu mundo.]
Milhões de quilômetros quadrados, porções de terras e continentes, oceanos, formato oval? Besteira. Seu mundo é um maldito cubículo, eventualmente escuro, medonho por associação. Você o teme. Você teme suas emoções ligadas a ele.
Seu pedaço de matéria pequena e inútil.
Engraçado você sentir a dor da dúvida e da solidão, sentir o frio e a tristeza acomodando-se dentro de você - haveria lugar mais confortável? -, e curioso você saber que percorrendo as arestas de seu quadrado-teto sempre no mesmo sentido, você chegará sempre ao mesmo lugar. O ciclo tem significativos desvios, mas essas quebras de noventa graus são sempre iguais, de qualquer maneira.
Há mais cinco quadrados, e você está deliciosamente comprimido em um cubo, agora. Arremesse suas lágrimas, cuspa sua risada. A dimensão de seus burros pensamentos humanos é grande demais, perto dessa prisão que é nada mais que o seu mundo.
[Chaparam o planeta igualmente, em seis lugares proporcionais, eqüidistantes do centro, de forma que as arestas que se encontram nos mesmos planos sejam sempre perpendiculares. Depois comprimiram a matéria toda ao máximo que puderam, e quando não havia lugares para onde fugir, jogaram você lá dentro e te avisaram que este agora é o seu mundo.]
Milhões de quilômetros quadrados, porções de terras e continentes, oceanos, formato oval? Besteira. Seu mundo é um maldito cubículo, eventualmente escuro, medonho por associação. Você o teme. Você teme suas emoções ligadas a ele.
Seu pedaço de matéria pequena e inútil.
6 comentários:
nho samuqes, you need a hug. já disse. ficou bom. mas eu não gosto de pensar que tu tá triste. mesmo
Hormonalmente viciante, vale constatar sempre.
Ficou ótimo, samoEL
Mas pra referências futuras, sabe o que descomprimiria tudo?
Greve de sexo, AEEEEEEEEE
dai-me forças para aguentar palavras de pressão, abrir-os-olhos, ler com atenção, engolir a seco e escarrar o que veio diretamente para goela a baixo.
dai-me forças para aguentar palavras sábias deste post.
:*
Obrigado por ter comentado no meu blog!
Seu texto está bem escrito,gostei!
Principalmente tratando-se de um auto aprisionamento...depressivo...sim =O
Mas isso passa...fases da vida ;) que nos deixam um tanto inspirados =)
Tinha certeza que tinha comentado o_o
Enfim, não li de novo ainda, mas lereei. Eventualmente. Já disse que fico feliz de você estar escrevendo de novo? Mesmo que seja pensando no Damien Rice hahahah
Postar um comentário