quarta-feira, 19 de março de 2008

Oh, pedaço de mim...


Confesso não saber como começar ou como terminar esse post... Acho que tudo se resume a uma simples palavra: nostalgia. A falta aguda que sinto daqueles momentos únicos e inesquecíveis, a saudade que sinto de todos os sorrisos e de todas as promessas que fizemos. Sinto a eternidade contida em cada coisa finita que me fizeram sentir, sinto o fim da eternidade física que então nos propúnhamos em manter: mas também sinto a eternidade absoluta daquela atmosfera, dessa atmosfera, desta atmosfera, da nossa atmosfera. Não a mundana e poluída, mas a interior, a atômica, a transcendental, o infinito elétrico e magnético da nossa união. Dói, mas configura-se uma dor quase etérea, posto que não é empírica e nem insuportável. É a dor da vida, da qual nem todos toma consciência, mas da qual todo ser humano dotado de sensibilidade é capaz de sentir. É dessa dor que falo, dessa dor que espero ser tão eterna quanto seus risos, tão verdadeira quanto suas lágrimas e tão importante quanto suas vidas.

Tipo assim... Eu amo vocês.

PS. Tá faltando gente, mas nem é a imagem que interessa.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Disorder

What means to you, what means to me -
and we will meet again
I'm watching you, I watch it all
I take no pity from friends
Who is right and who can tell,
and who gives a damn right now
Until the spirit, new sensation takes hold -
then you know
I've got the spirit, but lose the feeling
I've got the spirit, but lose the feeling
(Joy Division)


Por que você tem essa tendência de se esconder atrás de muros de oxigênio? Ainda que toda a felicidade de um momento se comprima em um segundo e você a absorva para dentro de si, ela fica ali: um pouco abaixo da pele, sem o comprometimento da carne, as dores dos ossos e as explosões do sangue dentro de suas veias. Sua essência parece inatingível, envolta por uma camada de chumbo - ela adquire o aspecto da superfície e é cinza, é pesada, é fria, como naqueles dias em que tudo parece errado e fora do lugar.

(lugar?)

Esses são seus muros. Feche seus olhos e tente localizá-los; tente encontrá-los, defini-los, demilitá-los. Não será capaz. Eles estão presentes ali, claro, mas você é que não se localiza dentro deles. Você é um objeto dentro de uma sala vazia, com nenhum móvel, e ainda assim não dá pra ser encontrato, pois não é pequeno, e tampouco grande; transcende os limites da matéria sólida, transcente os conceitos de algo existente e apalpável. Talvez não seja sequer abstrato, ao passo que transcende qualquer conceito, inclusive esse.